A situação que levou ao tribunal é marcada por uma sequência turbulenta de eventos. O ex-casal, mantendo sua identidade em sigilo, iniciou um relacionamento em abril de 2020. Rapidamente, a relação progrediu para noivado e casamento, tudo em um arco temporal de apenas sete meses. Este casamento fugaz logo se transformou em um divórcio que deixou questões financeiras não resolvidas.
A ganhadora da Mega-Sena, anteriormente residente em sua barraca de lanches após ser desalojada, nega qualquer direito do ex-cônjuge ao prêmio. Ela narra uma trajetória difícil antes da riqueza, vivendo em circunstâncias precárias com pertences mínimos. Já o ex-marido, motorista de kombi na época, residia com a irmã em outro bairro.
No centro das alegações está o argumento de uma união estável não formalizada, sustentada por afirmações de convivência e intimidade que são, por sua vez, rejeitadas pela ganhadora. A disputa também analisou movimentações financeiras e supostos investimentos conjuntos, que não foram comprovados.
Em termos judiciais, registros mostram o casamento sob separação total de bens e a ausência de patrimônios partilháveis no divórcio. Mesmo assim, as tensões escalaram, e o homem esperou mais de um ano para buscar a via legal, motivado pelo temor do “poder econômico” da ex-esposa.
Entre as camadas do caso, também emergem relatos de doações generosas da ganhadora a amigos e familiares do ex-marido, inclusive doações entre R$ 100 mil e R$ 120 mil, o que porém, não aliviou os dramas pessoais.
A advogada da sortuda ganhadora revelou que a mesma mudou-se de cidade, visando segurança, enquanto aproveita parte de sua fortuna, já que a justiça monocrática bloqueou considerável porção do montante. Esta batalha legal, rica em detalhes emocionais e financeiros, continua a capturar a atenção do público, destacando as complexidades do amor, riqueza e justiça.