A situação tornou-se ainda mais crítica, pois a interdição impede novos sepultamentos, forçando as famílias a buscar alternativas mais custosas e muitas vezes menos dignas para enterrar seus entes queridos. Diante desse cenário, o MUVB tem demandado ações concretas e imediatas. Entre suas reivindicações estão a criação de um novo cemitério, compensações financeiras para os danos sofridos e, acima de tudo, o respeito pelas famílias afetadas por essa tragédia.
Em uma tentativa de solucionar a questão, a Defensoria Pública de Alagoas entrou com uma ação civil contra a Braskem. O intuito dessa ação é forçar a empresa a arcar com os custos dos sepultamentos em cemitérios particulares e também com a manutenção dos jazigos no Cemitério Santo Antônio. No entanto, o desenvolvimento do caso sofreu um revés recente quando o Ministério Público Federal solicitou a suspensão da ação civil, uma medida que gerou revolta no MUVB. O movimento argumenta que tal suspensão apenas beneficia a Braskem, ao retardar ainda mais a resolução do problema e prolongar o sofrimento das famílias afetadas.
Em meio a toda essa complexidade, as famílias insistem na preservação do Cemitério Santo Antônio. Eles desejam que o espaço seja mantido como um memorial até que uma solução definitiva seja encontrada. Para essas famílias, o cemitério não é apenas um espaço físico para sepultamentos, mas um lugar com profundas significações emocionais e históricas.
A situação no Cemitério Santo Antônio, portanto, evidencia uma confluência de problemas sociais, emocionais e jurídicos, criando um cenário desafiador que exige atenção e ação rápida das autoridades competentes e dos responsáveis diretos pela crise. O desenrolar desse caso será crucial para determinar como as questões de infraestrutura, responsabilidade corporativa e direitos humanos serão tratados em Maceió nos próximos anos.