As autoridades realizavam um monitoramento na área desde 2024, com o objetivo de rastrear indivíduos envolvidos no tráfico de drogas. Informações obtidas ao longo da investigação apontavam que os entorpecentes eram armazenados em apartamentos abandonados, funcionando como intermediários antes de serem distribuídos nas ruas. A descoberta do casal e do armamento ocorreu após extensas investigações focadas na cadeia de distribuição de drogas, que abrange desde o armazenamento até a entrega aos consumidores finais.
Durante a operação, os agentes encontraram um armamento que impressiona até mesmo especialistas em segurança pública. O delegado Leonardo Amorim Rivau, da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), destacou que a presença de equipamentos como um lançador de granadas é mais associada a conflitos de guerra, e não ao arsenal comum de facções criminosas. “Esse tipo de armamento é extremamente raro e, em muitos casos, nem todas as forças armadas possuem”, afirmou o delegado.
Entre os itens apreendidos nos imóveis vinculados ao casal estavam fuzis, pistolas, granadas e substâncias entorpecentes, como cocaína e crack. Nos dois apartamentos, os investigadores encontraram também registros detalhados relacionados ao tráfico, além de quantias em dinheiro. O primeiro apartamento continha porções de drogas, enquanto o segundo, sob responsabilidade da mulher, abrigava uma coleção de armamentos de uso restrito.
O caso foi instaurado na 2ª Delegacia de Entorpecentes de Santos. As investigações estão em andamento para localizar outros membros do esquema e desmantelar esta rede criminosa que atua na região. A ação da polícia reflete a crescente preocupação com a segurança pública e o enfrentamento ao tráfico de drogas, que continua a ser um desafio significativo para as autoridades locais.