Tudo começou a desmoronar quando Tiago foi preso por violência doméstica, após agredir Thalissa, sua própria cúmplice e companheira. Posteriormente, Thalissa decidiu dar início à delação do companheiro, alegando que ele teria matado Samara sozinho, estrangulando-a.
Inicialmente, Thalissa afirmou que deparou-se com a cena do crime ao voltar para casa com os lanches, flagrando Tiago asfixiando a dona da propriedade. Porém, denúncias feitas à Polícia Civil do Distrito Federal desmentiram essa versão, revelando que a mulher havia confessado participação no crime planejado pelo casal.
O laudo cadavérico da vítima foi essencial para desvendar o assassinato de Samara. Segundo a perícia, a causa da morte foi asfixia físico-química secundária ao enforcamento. Não foram encontradas outras lesões traumáticas sugerindo uma luta ou agressão, o que contraria a versão de Thalissa.
De acordo com o delegado-chefe da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), João Ataliba Neto, a polícia acredita que Samara tenha sido dopada enquanto dormia e, em seguida, assassinada, sendo enforcada para simular um suicídio e garantir a impunidade dos criminosos.
Com o desfecho das investigações, o casal enfrenta a possibilidade de ser indiciado por homicídio duplamente qualificado e fraude processual, com agravantes como obrigar a vítima a ingerir medicamentos para dificultar a defesa própria. As penas previstas somadas poderiam resultar em até 34 anos de prisão.
Samara Regina deixou duas filhas gêmeas de um ano de idade, e seus familiares enviaram uma nota à imprensa lamentando o ocorrido, mas demonstrando alívio com a prisão dos responsáveis. A jovem estava em um estado crítico de depressão após perder a mãe e a irmã, e acabou se envolvendo com más influências, mergulhando em um desfecho trágico e cruel.










