Karoline Leavitt, porta-voz do governo, comentou sobre a importância dessa nova presença digital, afirmando que a administração busca replicar o sucesso das campanhas anteriores de Trump, que dominaram a plataforma durante seu período eleitoral. A expectativa é que essa estratégia sirva para revisar a imagem da Casa Branca e permitir uma comunicação direta e moderna com os cidadãos, algo que não foi feito por administrações anteriores.
No entanto, essa iniciativa ocorre em um contexto de incerteza para o TikTok nos EUA. O aplicativo, que é propriedade da empresa chinesa ByteDance, enfrenta ameaças constantes de banimento, com a imposição de prazos para que a empresa venda suas operações no país. Em uma decisão do Congresso americano de 2024, quando Joe Biden estava no poder, ficou estabelecido que o TikTok deveria se reestruturar ou correr o risco de ser expulso do mercado americano. A primeira ameaça de banimento veio ainda no primeiro mandato de Trump, que alegou, sem apresentar evidências, que os dados dos usuários americanos poderiam ser alvo de espionagem por parte do governo chinês.
Até o momento, o prazo para que a ByteDance se adeque às novas exigências tem sido regularmente prorrogado. A terceira extensão desse prazo foi anunciada em junho, estabelecendo uma nova data limite para meados de setembro. Enquanto as negociações continuam, a Casa Branca busca usar a popularidade do TikTok para alcançar um público mais jovem e diversificado, embora enfrente um cenário delicado em relação à sua operação no país. Dessa forma, o lançamento do perfil é uma tentativa de integrar a comunicação governamental com os avanços tecnológicos e as novas dinâmicas da comunicação social contemporânea.