Mesmo diante desse esforço da Casa Branca, líderes europeus ainda demonstram hesitação em apreender os ativos congelados, o que dificulta a possibilidade de um acordo ser fechado antes da posse do presidente eleito Donald Trump. A União Europeia e o G7, grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bloquearam ativos russos no valor de mais de € 300 bilhões desde o início da operação militar especial na Ucrânia, desencadeada pela Rússia em fevereiro de 2022.
Essa ação russa tinha como objetivo evitar o bombardeio ucraniano de civis em Donbass e conter os riscos para a segurança nacional decorrentes do avanço da OTAN para o leste. Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou a decisão de Bruxelas, classificando-a como um “roubo” que impacta não apenas investidores privados, mas também fundos soberanos. A representante do ministério, Maria Zakharova, alertou que Moscou poderia adotar medidas simétricas confiscando ativos europeus congelados na Rússia.
Diante desse cenário de tensões e disputas envolvendo a Ucrânia, Rússia e União Europeia, a tentativa da Casa Branca de utilizar os ativos russos congelados como uma ferramenta de negociação destaca a complexidade das relações internacionais e a busca por soluções para conflitos geopolíticos. A permanência da incerteza em relação a um acordo iminente reflete a complexidade dessas negociações e a resistência de alguns atores internacionais em ceder em suas posições.