Essa cena peculiar gerou debates em torno dos riscos e da regulamentação dos veículos autônomos, especialmente em estados como Alagoas, onde não há uma legislação específica que permita a circulação desses veículos sem a presença de um condutor humano. O Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran/AL) e o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) esclareceram que, atualmente, não existe uma norma que autorize o uso de carros totalmente autônomos no Brasil.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o condutor deve ter total domínio sobre o veículo, conduzindo-o com atenção e cuidados adequados para garantir a segurança no trânsito. O vídeo que circulou nas redes sociais mostrava claramente que o veículo estava sendo operado sem a presença de um motorista, o que levantou preocupações sobre a segurança e a responsabilidade dos condutores.
O Detran esclareceu que o Volkswagen Jetta GLI em questão utiliza “Sistemas de Assistência ao Condutor”, que oferecem suporte, mas não substituem a responsabilidade do condutor. Mesmo com avanços tecnológicos, é fundamental que os motoristas sigam as regras de segurança estabelecidas, evitando infrações e acidentes.
A legislação sobre veículos autônomos está em discussão no Congresso Nacional, com a proposta da PL 1317/2023 buscando regularizar a circulação desses veículos. No entanto, questões sobre responsabilidade em casos de acidentes ainda são debatidas, especialmente no que diz respeito à responsabilidade do fabricante ou do proprietário do veículo.
O comandante do BPRv, tenente-coronel Thalvannes Belém, enfatizou que veículos autônomos sem motoristas não têm autorização para circular nas vias, pois a legislação ainda está sendo desenvolvida. Ele ressaltou a importância de que os condutores tenham as qualificações necessárias e estejam dentro da legalidade ao operar veículos nas estradas.
Diante desse cenário, é fundamental que a discussão sobre os veículos autônomos avance, levando em consideração a segurança no trânsito e a responsabilidade dos condutores. A regulamentação adequada será essencial para garantir a coexistência segura e eficiente dessas tecnologias inovadoras nas vias públicas.