Em nota, o Carrefour expressou seu pesar pela suspensão do fornecimento de carne, ressaltando o impacto negativo que essa decisão traz para os clientes, especialmente aqueles que confiam na qualidade e responsabilidade dos produtos oferecidos pela rede.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, manifestou apoio à decisão dos frigoríficos, afirmando que ela conta com o respaldo do ministério e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), responsável por 98% das exportações brasileiras de carne.
Além disso, Fávaro mencionou que produtores de frango também estão suspendendo as vendas para o Carrefour no Brasil, em solidariedade à decisão tomada pelos frigoríficos. Ele destacou que o Brasil é líder global na exportação de carne bovina e de frango, com uma produção reconhecida pela excelência e por rigorosos controles sanitários.
A declaração do CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, criticando o setor produtivo do Mercosul, incluindo o Brasil, foi repudiada por mais de 40 entidades, que consideraram a postura da empresa como desrespeitosa às boas práticas agrícolas e à sustentabilidade brasileira.
Além do impacto negativo no setor agropecuário, a atitude do Carrefour levanta questionamentos sobre as possíveis consequências econômicas para os produtores brasileiros e para a reputação da empresa no país, que já enfrentou problemas relacionados a racismo e conflitos trabalhistas.
Nesse contexto, a suspensão da venda de carne para o Carrefour no Brasil representa mais um capítulo em um histórico conturbado da empresa no país, gerando incertezas e desafios para o setor agropecuário nacional.