Ao comentar o episódio, a companhia ressaltou que, apesar da interrupção nos fornecimentos, ainda não se configura um desabastecimento. No entanto, a situação tem causado preocupação entre clientes que dependem da rede para adquirir carne de qualidade. Em uma declaração oficial, o Carrefour expressou sua tristeza pela decisão dos fornecedores, enfatizando que tal escolha prejudica os consumidores que confiam na empresa.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, também se pronunciou sobre a situação, assegurando que a ação dos produtores tem o apoio integral do Ministério e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), a qual representa a maioria das empresas exportadoras do Brasil. Fávaro ressaltou que, além dos frigoríficos de carne bovina, produtores de frango também estão suspendendo vendas para o Carrefour, numa demonstração de lealdade ao setor agropecuário nacional.
A decisão de Bompard foi criticada por diversas entidades que representam o setor no Brasil, que acusaram a companhia de desconsiderar o compromisso do país com práticas agrícolas sustentáveis. Essas entidades destacaram a posição do Brasil como líder global em produção e exportação de proteínas animais, ressaltando os rigorosos padrões de qualidade e segurança alimentar que seguem.
A polêmica atual se soma a um histórico de problemas enfrentados pelo Carrefour no Brasil, que inclui questões relacionadas a racismo e conflitos trabalhistas. As repercussões desse boicote não são apenas uma questão de logística, mas também levantam questionamentos sobre o impacto econômico sobre produtores brasileiros e as possíveis implicações para a imagem da marca no mercado nacional. O cenário continua a se desenvolver, e as próximas semanas serão cruciais para o futuro das operações do Carrefour no Brasil.