Carreata Pró-Bolsonaro em Brasília Reúne Poucos Manifestantes às Vésperas de Julgamento Importante

Carreata Pró-Bolsonaro em Brasília: Pouca Adesão e Tensões Legais

Na manhã deste domingo, 31 de agosto de 2025, uma carreata em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro tomou as ruas de Brasília, mas a adesão foi notavelmente inferior ao esperado, reunindo cerca de 100 participantes. O evento tinha como destino a residência de Bolsonaro, localizada no bairro Jardim Botânico, e contou com a presença de apoiadores que exibiam bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos.

Os manifestantes, que inicialmente se concentraram na icônica Torre de TV, expressaram suas opiniões através de cartazes e gritos de ordem. Frases como “Fora Moraes” e “Anistia Já” ecoavam enquanto eles criticavam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, além do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Esta mobilização ocorre em um contexto de tensão política iminente, uma vez que o julgamento de Bolsonaro está agendado para a próxima terça-feira, 2 de setembro.

Sebastião Coelho, um desembargador aposentado que participou da carreata, expressou em suas redes sociais que, apesar de alguns dos presentes terem se retirado, o propósito era deixar claro que as duas principais pautas entre os apoiadores são a contestação à atuação de Moraes e a solicitação de anistia para os envolvidos em eventos políticos controversos.

Embora a carreata tenha atraído algumas vozes contrárias ao governo atual, o baixo número de participantes sugere uma mobilização enfraquecida em relação a eventos passados, onde o apoio a Bolsonaro era mais robusto. As tentativas de entrar em contato com outros manifestantes não resultaram em declarações significativas.

Ademais, o cenário jurídico em torno de Bolsonaro é complexo. O ex-presidente enfrenta acusações relacionadas à sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado que ocorreu em 8 de janeiro de 2023, quando ele foi derrotado nas eleições por Lula. A Corte Suprema analisará o caso de Bolsonaro e outros sete aliados, levanta preocupações sobre possíveis sanções vindas dos Estados Unidos, especialmente à medida que Washington observa atentamente as decisões do STF.

Ao que tudo indica, o governo brasileiro está ciente das repercussões que o julgamento pode ter nas relações diplomáticas e comerciais. Embaixadores e autoridades governamentais estão em alerta, preparando-se para potenciais reações adversas que possam surgir do exterior, particularmente dos EUA, onde se avalia a aplicação de novas tarifas em resposta às decisões judiciais envolvendo Bolsonaro. A situação continua a evoluir, deixando muitos no país em expectativa ansiosa sobre o desdobramento dos eventos nos próximos dias.

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