BRASÍLIA – Uma carreata em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro ocorreu neste domingo (31), atraindo cerca de 100 pessoas até o Jardim Botânico, em Brasília, onde fica a residência do ex-mandatário. A mobilização começou na Torre de TV, um ponto central da capital, e contou com veículos adornados com bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos, simbolizando uma demonstração de apoio à liderança de Bolsonaro e à sua plataforma política.
Os participantes empunharam cartazes e gritaram palavras de ordem contra o governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de criticar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O desembargador aposentado Sebastião Coelho, que atualmente exerce a advocacia, dirigiu-se ao grupo destacando a importância da manifestação: “Estamos aqui em frente ao condomínio de Bolsonaro. […] fizemos nossa carreata. Muitos foram para casa […] Estamos na porta de Bolsonaro para dizer que nós só temos duas pautas nesse país: fora Moraes e Anistia Já!” O conteúdo de sua fala foi compartilhado por ele nas redes sociais, evidenciando a relevância que as pautas levantadas pela manifestação têm para os apoiadores.
Embora a equipe de reportagem tenha tentado dialogar com os manifestantes, não obteve retorno. Através de gritos como “Fora Moraes” e “Anistia Já”, os bolsonaristas demonstraram suas críticas ao governo atual e às decisões jurídicas do STF.
Em meio a esse clima de fervor político, o julgamento de Jair Bolsonaro se aproxima, programado para começar na próxima terça-feira (2). O ex-presidente é acusado de ter participado de uma trama que visava desestabilizar o governo após sua derrota nas eleições de outubro de 2022. Ele e outros sete colaboradores enfrentarão um julgamento pela Primeira Turma do STF em relação a uma suposta tentativa de golpe de Estado.
O governo brasileiro está atento ao potencial impacto desse julgamento, incluindo a possibilidade de sanções adicionais por parte dos Estados Unidos, que já demonstraram preocupação com os desdobramentos jurídicos relacionados a Bolsonaro. Um embaixador brasileiro que está acompanhando o caso ressaltou que a negociação da independência do Judiciário não é uma opção. Como resultado, o governo se prepara para adotar medidas que visem mitigar as consequências de uma eventual nova rodada de sanções. A tensão política e as repercussões desse desenrolar judicial estarão nas pautas nos próximos dias, tanto no Brasil quanto no cenário internacional.