Carreata em Brasília apoia Bolsonaro e protesta contra Lula e ministro Moraes, às vésperas de julgamento por tentativa de golpe.

Neste domingo (31), Brasília foi palco de uma carreata organizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente cumpre prisão domiciliar. O evento teve início na icônica Torre de TV da capital e se deslocou até o condomínio onde Bolsonaro reside, local que se tornou um símbolo de sua controversa situação legal. Durante o trajeto, os manifestantes se uniram em um clima de fervor, dedicando momentos para rezar o Pai-Nosso e expressar seu descontentamento com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, bem como direcionar críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os participantes da manifestação eram vistos brandindo bandeiras do Brasil, Estados Unidos e Israel, além de exibirem faixas e cartazes com frases de ordem como “Fora, Lula” e “Anistia já”. Em frente ao condomínio onde Bolsonaro se encontra, gritos como “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” tomaram conta da atmosfera, evidenciando a intensa polarização política que caracteriza o Brasil atualmente. O desembargador aposentado Sebastião Coelho, conhecido por seu apoio aos ideais bolsonaristas, fez aparições em vídeo, onde indicou que a mobilização era uma luta pela “liberdade, anistia e pelos presos do 8 de janeiro”.

Coelho, que se apresenta como pré-candidato ao Senado pelo partido Novo, também criticou o Congresso, enfatizando que os representantes deveriam agir mais rapidamente para resolver questões que afligem a população. Este ato ocorre em um contexto crítico, na véspera do julgamento do chamado núcleo 1 da trama golpista, que envolve Bolsonaro e outros sete aliados, previsto para ser analisado pela Primeira Turma do STF nesta terça-feira (2).

Bolsonaro se encontra em prisão domiciliar desde o início de agosto, utilizando uma tornozeleira eletrônica devido ao descumprimento de certas restrições legais. Recentemente, a Polícia Federal descobriu em seu telefone um documento que supostamente seria um pedido de asilo político ao presidente argentino Javier Milei, datado para 2024. A defesa do ex-presidente se apressou em esclarecer que o arquivo era meramente um rascunho e negou qualquer intenção de fuga, adicionando uma nova camada à intriga que rodeia sua situação jurídica.

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