Além disso, as festas pré-carnavalescas como a Noite no Havaí, Preto e Branco e Baile Tricolor agitavam as ruas, com surdos e tamborins esquentando o clima e a paquera correndo solta. A Prefeitura também organizava a animada Maratona Carnavalesca, que acontecia todas as noites na Rua do Comércio, com desfiles de carros, muita música e a presença de diferentes classes sociais.
No domingo anterior ao carnaval, a Avenida da Paz se enchia de foliões, troças, blocos de frevo e Escolas de Samba para o desfile do Banho de Mar à Fantasia, que contava com a presença de diversos grupos e críticas irreverentes. O desfile oficial perante os jurados era uma atração à parte, com apresentações de críticas, troças e fantasias que disputavam as cobiçadas taças de campeão.
Após o desfile, os blocos carnavalescos, como Vulcão, Bomba Atômica e Pitanguinha vai à Lua, continuavam a arrastar multidões pelas ruas de Maceió, sendo recebidos com bate-bate de maracujá, cerveja gelada e tira-gostos na casa do general Mário Lima. A alegria contagiava todos os presentes, independentemente de classe social, em uma verdadeira democracia carnavalesca.
O clima de festa se estendia até altas horas da noite, com os blocos tocando seus frevos, namoros sendo feitos e desfeitos, e a juventude se entregando à alegria do carnaval. Ao anoitecer, o povão retornava para suas casas, enquanto os blocos recolhiam seus estandartes, antecipando a chegada do carnaval na próxima semana.
Assim, o carnaval de Maceió representava a união de diferentes classes sociais e a celebração da diversidade, em uma festa que marcava a cidade todos os anos com seu espírito festivo e contagiante.