Cármen Lúcia: “Sociedade está adoecida pelos ódios”, critica desigualdade de gêneros em encontro sobre violência contra a mulher em São Luís.

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), fez declarações contundentes sobre a desigualdade de gêneros e as práticas discriminatórias no Brasil. Durante a abertura do XVII Encontro Anual do Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid), realizado em São Luís, Maranhão, a ministra enfatizou que a sociedade brasileira se encontra em um estado preocupante, marcado por uma cultura machista, sexista e misógina.

Em sua fala, Cármen Lúcia destacou que a sociedade “está adoecida pelos ódios”, fazendo alusão às raízes culturais que sustentam a discriminação contra mulheres. Essa afirmação ressalta a urgência de um olhar crítico sobre as estruturas sociais que perpetuam a desigualdade e a violência de gênero. A ministra chamou a atenção para a necessidade de uma reflexão profunda e de ações efetivas que possam combater essas práticas prejudiciais.

O evento, que reuniu juízas e juízes de diversos estados, teve como foco principal discutir estratégias de enfrentamento à violência doméstica e seus desdobramentos. Cármen Lúcia apontou que o avanço das mulheres na esfera pública e política é um passo importante, mas ainda permeado por desafios significativos. Para a ministra, a luta pela igualdade de gêneros não é apenas uma questão de justiça, mas uma questão de saúde pública, ressaltando que a violência contra a mulher impacta negativamente a sociedade como um todo.

O encontro também proporcionou um espaço para que representantes do sistema judiciário compartilhassem suas experiências e desafios em relação ao enfrentamento da violência de gênero. A expectativa é de que ideias e iniciativas discutidas sejam levadas adiante em busca de mudanças concretas que promovam um ambiente mais seguro e justo para todas as mulheres.

Cármen Lúcia fez um chamado à ação coletiva não apenas entre legisladores e juízes, mas também entre todos os cidadãos, enfatizando a necessidade de um compromisso compartilhado para erradicar a cultura de discriminação e violência contra as mulheres. Essa mobilização é vista como essencial para a construção de uma sociedade mais igualitária e livre dos ódios que a fragmentam.

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