Carlos Bolsonaro afirma à PF ter feito postagem por “indignação generalizada” e nega direcionamento de críticas específicas ao comando da Polícia Federal.

O político Carlos Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal na última terça-feira, onde afirmou que suas críticas ao comando da Polícia Federal em uma postagem nas redes sociais foram feitas como forma de “indignação generalizada”. No entanto, ele negou ter direcionado os comentários a alguma autoridade específica nem tido a intenção de ofender a honra ou a dignidade do diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.

Segundo Carlos Bolsonaro, ele apenas quis manifestar sua indignação com relação aos fatos postados por outra pessoa. A publicação em questão foi feita em 27 de agosto do ano passado, onde o político escreveu: “O seu guarda diretor aqui enxerga com outros olhos”.

Além disso, o vereador do Rio de Janeiro também deve prestar depoimento sobre um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). No início desta semana, sua residência foi alvo de buscas e apreensões pela PF, que também realizou diligências em outros endereços ligados a ele. Dentre os objetos apreendidos, estão o telefone do vereador e três computadores.

As investigações apontam que Carlos Bolsonaro é suspeito de receber informações da Abin por meio do deputado Alexandre Ramagem, diretor da agência na época. Tanto Carlos quanto Ramagem negam as acusações. A defesa de Ramagem afirmou que aguarda os desdobramentos da investigação e que nunca teve acesso às senhas de sistemas de monitoramento para espionar autoridades e cidadãos comuns. Já a defesa do vereador sustenta que ele nunca teve ligação com a Abin e que as acusações são infundadas.

Em nota, a Abin declarou ser a maior interessada na apuração dos fatos e que continuará colaborando com as investigações. A agência afirmou que vem colaborando com inquéritos da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal sobre eventuais irregularidades cometidas no período de uso de ferramentas de geolocalização. Além disso, os advogados de Bolsonaro criticaram a atuação da PF, alegando que houve excesso e apreensão de objetos pessoais de indivíduos diferentes do vereador.
Ao que tudo indica, as investigações envolvendo Carlos Bolsonaro e a Abin estão longe de chegar a um desfecho, uma vez que as partes envolvidas continuam negando as acusações e aguardando os desdobramentos das investigações. A apuração do caso segue em curso e promete continuar repercutindo nos cenários político e jurídico do país.

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