Em uma gravação compartilhada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Zambelli se apresenta como uma “exilada política” residindo na Itália e pediu que seus seguidores compareçam ao ato em seu nome. Em suas palavras, a deputada implorou: “Queria pedir para cada um de vocês me representar neste dia 29 de junho. Vocês que votaram em mim, os que votaram na nossa base, por favor, não desistam.”
A convocação para a manifestação ocorre em um contexto de grande tensão jurídica. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, formalizou um pedido de extradição à Justiça italiana no início deste mês, e a embaixada brasileira em Roma confirmou que as autoridades já têm conhecimento da localização da parlamentar.
Contudo, o embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, alertou que a captura de Zambelli pode levar meses, uma vez que existem mais de 15 outros casos de solicitações de extradição pendentes na embaixada. A situação de Zambelli, segundo Mosca, não é diferente da de qualquer outro indivíduo que enfrenta a Justiça brasileira por crimes cometidos.
Ademais, a deputada já enfrenta um pedido de cassação de seu mandato, formalizado pelo colega Diego Garcia (Republicanos-PR), e seus salários foram bloqueados pela Câmara. Essa complexa trama envolvendo Zambelli não apenas exemplifica sua batalha judicial, mas também levanta questões sobre a realidade política e judicial no Brasil, onde a luta entre aliados e opositores é cada vez mais acirrada. Com seu futuro incerto, a continuidade de suas ações e a resposta de seus apoiadores na manifestação, programada para ocorrer na próxima semana, será observada atentamente.