Em sua defesa, Zambelli argumentou que considerava as acusações infundadas e sem base sólida, rebatendo a decisão do tribunal. Ela tentou desqualificar o testemunho de Delgatti, mencionando que ele apresentou diversas versões sobre os acontecimentos durante os depoimentos, o que, segundo ela, minaria a credibilidade de suas alegações. A parlamentar ainda destacou que a Polícia Federal o caracterizou como “mitômano”, um termo que se refere à compulsão em enganar, o que, em sua visão, deveria ser levado em conta na análise de seu caso.
Adicionalmente, Zambelli afirmou estar disposta a se apresentar e cumprir a pena caso a prisão seja decretada, mas pediu atenção para sua saúde mental, revelando que luta contra depressão e depende de uma série de medicamentos. Ela apresentou relatórios médicos que, segundo suas palavras, demonstram que não conseguiria sobreviver dentro de um ambiente prisional.
A situação se torna ainda mais crítica, uma vez que, de acordo com as normas da Lei da Ficha Limpa, a condenação pode resultar na perda de seu mandato. Caso isso ocorra, Zambelli torna-se inelegível, o que lhe fecharia as portas para futuras candidaturas. O desdobramento desse caso não apenas afeta a vida da deputada, mas também levanta questões sobre a integridade nas instituições públicas e a confiança da população em seus representantes. O cenário se desenha tenso, com reações sendo esperadas tanto no âmbito jurídico quanto no político.