Durante uma transmissão ao vivo, a parlamentar confirmou a saída do país, afirmando que pretende solicitar uma licença sem vencimentos para se afastar de suas funções, o que significa que não receberá salário enquanto estiver fora. Sua defesa, no entanto, não conseguiu confirmar o local exato onde a deputada se encontra, aumentando as especulações sobre seu futuro político.
A condenação a que Zambelli responde inclui não apenas a invasão dos sistemas do CNJ, mas também crimes de falsidade ideológica. Esta última acusação envolveu manipulação de informações, o que contribuiu para uma série de complicações legais que culminaram em sua perda automática do mandato, conforme decisão da 1ª Turma do Tribunal. No entanto, muitos membros da Câmara ainda discutem se a efetivação da perda de mandato deve ser ratificada em uma votação plenária, o que deixa Zambelli em uma posição ambígua quanto à sua permanência no cargo.
Apesar de seus problemas judiciais e das controvérsias que a seguiram durante o mandato, incluindo episódios notórios relacionados ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a bancada do PL decidiu apoiá-la. Isso ocorre em meio a uma análise crítica sobre sua conduta, que foi apontada por Bolsonaro como uma das razões para o fracasso eleitoral de 2022.
O futuro de Carla Zambelli continua incerto, tanto no aspecto jurídico quanto em sua trajetória política. Sua decisão de se afastar e buscar atendimento médico no exterior suscita debates sobre a integridade das instituições e a relação entre a política e a justiça no Brasil atual. Desta forma, a situação da deputada se torna um reflexo dos desafios enfrentados pelo sistema político brasileiro em momentos de crise.