O levantamento, realizado entre junho e agosto de 2023, contou com a participação de 4.516 estabelecimentos comerciais em 22 estados e no Distrito Federal. Foram coletados um total de 5.470 preços de pratos em todo o Brasil, em locais que servem refeições no horário do almoço de segunda a sexta-feira.
Para calcular o preço médio, a pesquisa considerou quatro categorias: a la carte, executivo, self-service e prato feito. A refeição completa é composta por prato principal, bebida não alcóolica, sobremesa e café. A região Sudeste apresenta o preço médio mais elevado do país, que é de R$ 49,33.
É importante destacar que esse valor gasto com refeições fora de casa tem um impacto significativo no orçamento mensal dos trabalhadores. Segundo o IBGE, o salário médio no país era de R$ 2.921 na época em que a pesquisa foi realizada. Isso significa que, para se alimentar com uma refeição completa na hora do almoço, o trabalhador precisa desembolsar R$ 1.025,20 mensalmente, o equivalente a 35% do salário médio.
Diversos fatores contribuíram para o aumento dos preços das refeições este ano, como o aumento dos preços da gasolina, do gás de cozinha e da energia elétrica. Além disso, o retorno ao trabalho presencial após a pandemia elevou os aluguéis comerciais e os custos para as empresas do setor de alimentação.
De acordo com Ricardo Contrera, sócio-diretor da Mosaiclab, muitos estabelecimentos sofreram durante a pandemia, tendo que se adaptar ao atendimento via delivery e enfrentando redução no quadro de pessoal. Porém, com a volta ao trabalho presencial, foram necessários novos investimentos, como a manutenção do espaço físico, recontratação de profissionais e ações de marketing.
Em relação aos preços por capital, além de Florianópolis e Rio de Janeiro, São Paulo aparece em terceiro lugar com uma média de R$ 53,12 para uma refeição completa. Natal, Recife e Maceió também apresentam preços acima de R$ 48,00. Já Belo Horizonte é a capital com o preço mais baixo, ficando em R$ 32,69.
Assim, fica claro que o custo para almoçar fora de casa está cada vez mais alto, o que afeta diretamente o bolso dos trabalhadores que optam por essa opção. É necessário estar atento a esses gastos para não comprometer o orçamento mensal.