Cabello denunciou a atual narrativa em Madri que tenta justificar os abusos e genocídios perpetrados durante o período colonial, considerando essa atitude como uma manifestação de “arrogância imperialista”. Ele argumentou que o que aconteceu na América não pode ser visto como um empreendimento civilizacional, mas como um processo de subjugação e violência contra os povos nativos, enfatizando que essa história precisa ser reconhecida e valorizada.
O chanceler venezuelano, Yván Gil, corroborou com as declarações de Cabello, ressaltando que é um imperativo moral para a humanidade buscar reconhecimento, justiça e reparação pelos crimes cometidos contra os povos indígenas. Ele destaca que muitos atores, incluindo o governo da Venezuela, têm a responsabilidade de promover a verdade histórica e a luta contínua por dignidade e direitos iguais.
A data, que marca a resistência dos povos indígenas, também coincide com o Dia Nacional da Espanha, gerando uma dualidade de celebrações que provoca debates sobre o passado colonial da nação europeia e suas implicações na sociedade contemporânea. Na reafirmação da solidariedade internacional, Yván Gil também anunciou a doação de quase 14 toneladas de ajuda humanitária ao Líbano e à Síria, reiterando a disposição da Venezuela em apoiar as nações do Oriente Médio em suas lutas por paz e autodeterminação. Essas iniciativas refletem não apenas a política interna da Venezuela, mas também seu papel na arena internacional em defesa dos direitos humanos e contra a opressão.