CAOS POLÍTICO – Crise institucional em Rio Largo leva Câmara Municipal a suspender sessões – com Jornal Rede Repórter



Diante da escalada da tensão política em Rio Largo, na Região Metropolitana de Maceió, a Câmara Municipal decidiu suspender suas sessões deliberativas. O presidente da Casa, vereador Rogério da Silva (PP), anunciou a medida nesta quinta-feira (3), alegando a necessidade de preservar “a ordem, a segurança e a integridade física dos vereadores”.

A decisão ocorre no mesmo dia em que o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) rejeitou o pedido da Câmara para suspender a decisão judicial que reconduziu Pedro Carlos da Silva Neto, conhecido como Carlos Gonçalves, e seu vice, Peterson Henrique da Silva Santos, aos cargos de prefeito e vice-prefeito do município.

O pedido foi negado pelo presidente do TJAL, desembargador Fábio José Bittencourt Araújo, que destacou a ausência de elementos suficientes para comprovar a suposta renúncia dos gestores. O magistrado enfatizou que afastar autoridades eleitas sem provas consistentes coloca em risco a ordem pública e a soberania popular. Além disso, mencionou que a instabilidade já impactou a gestão municipal, como no bloqueio do acesso às contas públicas na Caixa Econômica Federal.

A crise institucional teve início após a leitura em plenário de uma suposta carta de renúncia assinada por Carlos Gonçalves. O presidente da Câmara declarou a vacância do cargo e assumiu a Prefeitura interinamente, com respaldo da Mesa Diretora. No entanto, o prefeito negou ter renunciado, e a Justiça considerou inválida a tentativa de substituição.

Com a decisão judicial favorável aos gestores, a Câmara recuou. Rogério da Silva afirmou que os trabalhos legislativos devem ser retomados na próxima quinta-feira (10), “caso haja condições de segurança”.

Enquanto isso, a crise em Rio Largo se mantém como um retrato do abalo institucional que paira sobre muitos municípios alagoanos, onde disputas políticas locais têm se sobreposto à estabilidade democrática e à governabilidade.

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