A fragilidade das Unidades Básicas de Saúde do município de Maceió foi exposta durante uma coletiva de imprensa realizada pelo Movimento Unificado da Saúde na manhã de sexta-feira, 20, no Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), no Trapiche.
Negligenciados pela Prefeitura de Maceió, os servidores públicos pedem respeito à vida durante a pandemia de Covid-19. Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió e Região Metropolitana do Estado de Alagoas (Sindspref), Sidney Lopes, o que acontece em Maceió é um absurdo.
“Em meio a tantos cuidados para evitar a transmissão do coronavírus, o prefeito Rui Palmeira não faz nada nem pelos trabalhadores da área de saúde, nem pelo povo que necessita de cuidados. Em vez disso, sua gestão tenta enganar o povo dizendo que os sindicatos estão mentindo”, disse Sidney.
A vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed/AL), Sílvia Melo, explicou que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa ter todo o equipamento de proteção individual (EPI) e materiais de higienização para abastecer Alagoas, mas não está chegando nos postos de Maceió. Ela também denuncia a falta de água em muitos locais.
“Estamos aqui para externar nossa indignação do apelo dos colegas nas unidades de saúde de Maceió, que estão reclamando da falta de EPI, como álcool gel e máscaras, além da falta de água. Todos os postos do Benedito Bentes sem água. E os profissionais de saúde estão sendo obrigados a trabalharem nessas condições. Queremos uma explicação do secretário de Saúde!”, explicou Silvia.
Sílvia Melo pediu para que as pessoas só se desloquem para as unidades de saúde em caso de real urgência, as consultas eletivas, aquelas que não são de emergência não irão ocorrer. Se os gestores municipais não fizerem esforços para melhorar a qualidade do atendimento à saúde dos maceioenses, na segunda-feira (23) todos os trabalhadores da área irão parar suas atividades até que medidas emergenciais para conter o vírus sejam realizadas.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) divulgou quatro casos com coronavírus confirmados em Maceió, todos importados, ou seja, em pessoas que tiveram passagem por países como Itália, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Marrocos e Inglaterra.