Para entender a situação, consultou-se o advogado Daniel Romano Hajaj, que explicou que o crime de racismo não depende necessariamente da representação da vítima, uma vez que o Ministério Público pode iniciar o processo mesmo sem o consentimento da vítima. Segundo o especialista, Ana Paula Minerato poderá ser condenada a uma pena que varia de 2 a 5 anos de reclusão, além do pagamento de multa.
Hajaj esclareceu que, em um cenário de apuração séria dos fatos, a influenciadora pode ser condenada por racismo. No entanto, caso não haja elementos para essa tipificação, ela pode responder por injúria racial, o que também é considerado um crime grave.
Em relação ao ex-namorado de Ana Paula Minerato, o rapper KT, com quem ela trocou mensagens com teor racista, o advogado apontou que ele não será responsabilizado pelo vazamento dos áudios. Segundo ele, caso a divulgação tenha partido de um dos interlocutores, não há ilegalidade. De toda forma, o rapper também poderia ter levado o áudio à polícia para denunciar o crime.
As repercussões do caso foram intensas, com a perda de cargos de Ana Paula Minerato na escola de samba de São Paulo e na Band, onde apresentava um programa. O grupo Melanina Carioca repudiou veementemente as declarações racistas da ex-musa da Gaviões da Fiel, classificando o episódio como um exemplo de “ódio e intolerância”.
Por fim, Ananda, vítima dos ataques racistas proferidos por Ana Paula Minerato, manifestou-se afirmando não ter medo das ações da influenciadora, e destacou que ela terá que arcar com as consequências de suas palavras. As falas racistas de Ana Paula Minerato, dirigidas a Ananda durante uma conversa com o ex-namorado, KT, geraram grande comoção e reforçaram a importância do combate ao racismo e à discriminação racial na sociedade.
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