De acordo com Bruna Eiras, delegada-chefe da 8ª DP, Wagner utilizava aplicativos de relacionamento e redes sociais para conhecer suas vítimas. Em pouco tempo de convívio, começava a pedir dinheiro submetendo-as a falsas justificativas, utilizando, por exemplo, a alegação de ter negócios na área de eletrônicos e afirmando que precisaria de fundos para liberar mercadorias apreendidas pela Receita Federal.
O modus operandi desse golpista envolvia conquistar mulheres com situação financeira estável, mas emocionalmente vulneráveis. Após ganhar a confiança delas, Wagner realizava solicitações de empréstimo e outras vantagens financeiras, enquanto mantinha a aparência de um relacionamento amoroso. A delegada destacou que, quando as vítimas demonstravam desconfiança ou começavam a cobrar os valores emprestados, ele mudava de comportamento, rompendo o relacionamento e se distanciando, em busca de novas alvos.
Uma das vítimas registrou um boletim de ocorrência após sua filha descobrir, pelas redes sociais, que Wagner já havia sido preso por práticas semelhantes. Durante três meses de relacionamento, essa mulher chegou a dar um carro ao cantor e contraiu um empréstimo de R$ 20 mil para ajudá-lo. Diante das evidências, a equipe da 8ª DP se mobilizou e, após uma série de diligências, conseguiu localizar e prender o suspeito.
Wagner, que já havia sido detido anteriormente e acumulava um prejuízo estimado em quase R$ 1 milhão em aplicados por suas vítimas, foi encaminhado para a carceragem da PCDF. Ele ficará à disposição da Justiça no Distrito Federal antes de ser recambiado para Goiás. O caso reforça a importância da prevenção contra golpes financeiros relacionais e o alerta para que as pessoas fiquem atentas às promessas de relacionamentos que envolvem solicitações financeiras.
