A cerimônia de canonização está programada para acontecer neste domingo, na emblemática Praça de São Pedro, em Roma, durante uma missa solene a ser conduzida pelo Papa Leão XIV, marcada para às 5h, horário de Brasília. Essa solenidade marca um momento significativo não apenas para os fiéis católicos, mas também para a juventude contemporânea, que vê em Acutis uma figura de inspiração.
Nascido em 1991 na Inglaterra e criado em Milão, na Itália, Carlo Acutis demonstrou desde cedo uma forte devoção religiosa. A vida do jovem foi interrompida precocemente aos 15 anos, quando faleceu em decorrência de leucemia, no dia 12 de outubro de 2006, data que coincide com a celebração de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. A rapidez com que o Vaticano reconheceu sua santidade, apenas 12 anos após sua morte, revela a relevância de sua mensagem e o impacto que sua vida teve em diferentes comunidades.
Nicola Gori, postulador da causa de canonização, destaca que o “povo de Deus” reconhece em Acutis uma testemunha autêntica da santidade. O jovem, por meio de seus esforços com tecnologia, desenvolveu um site que catalogava milagres ao redor do mundo, buscando compartilhar a beleza da Eucaristia com o maior número possível de pessoas. Seu uso inovador da informática para disseminar a fé consolidou sua imagem como um santo adaptado à era digital.
Dois milagres reconhecidos pelo Vaticano impulsionaram sua canonização. O primeiro ocorreu em Campo Grande, onde um menino diagnosticado com problema congênito no pâncreas foi curado após tocar uma roupa manchada com o sangue de Acutis. O segundo, mais recente, envolveu a recuperação de uma jovem após um grave acidente de bicicleta na Costa Rica, que se deu dias após sua mãe rezar na tumba de Acutis em Assis.
A universalidade de sua mensagem, que afirma ser “a santidade possível para todos, aqui e agora”, ressoa com muitas pessoas ao redor do mundo, tornando Carlo Acutis um verdadeiro ícone de esperança e fé em tempos modernos.