Entre os quatro concorrentes à presidência, o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, foi o único que não assinou a carta. A ausência tem levantado questionamentos, e a assessoria de Edinho ainda não se manifestou sobre os motivos de sua não participação no manifesto.
Na carta, os candidatos criticam a recente derrubada do decreto que promovia o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para eles, essa decisão representa “a gota d’água” de uma série de ações prejudiciais que começaram após o golpe que destituiu a então presidenta Dilma Rousseff em 2016. O tom do texto é claro ao afirmar que “os parlamentares de direita buscam governar o Brasil”, tentando esvaziar as prerrogativas que a população concedeu a Lula, o atual presidente.
Os candidatos também fazem um chamado à mobilização popular contra as estratégias da direita e criticam a política de juros altos promovida pelo Banco Central, que, segundo afirmam, está atrapalhando a governabilidade de Lula. Além disso, propõem a substituição de ministros que se aliam a partidos de direita e que, conforme afirmam, tentam preparar o terreno para uma candidatura bolsonarista nas próximas eleições.
O manifesto ainda aponta a necessidade de que o governo recorra ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à derrubada do decreto e demanda o fim de subsídios direcionados aos “super-ricos”. Os autores das cartas destacam que as propostas visam enfrentar um cerco político que busca constranger o governo, forçando um ajuste fiscal severo que prejudicaria a reeleição de Lula em 2026.
“A direita está em campanha, e nós responderemos com força e organização”, concluem os candidatos, reforçando a importância da participação dos militantes nas eleições do partido. O atual presidente interino do PT, Humberto Costa, assumiu a liderança do partido em março de 2025, e as novas eleições do PT ocorrerão através do Processo de Eleição Direta (PED) em julho de 2025, com um potencial segundo turno previsto para o dia 20 do mesmo mês.