Candidatos argentinos participam de segundo debate prévio ao primeiro turno com polêmicas sobre segurança e relação com Israel.



No último domingo, os candidatos presidenciais argentinos se reuniram para o segundo debate prévio ao primeiro turno das eleições, marcadas para o dia 22 de outubro. Durante o debate, os principais candidatos da oposição, Javier Milei, da extrema direita, e Patricia Bullrich, da aliança Juntos pela Mudança, liderada por Mauricio Macri, expressaram solidariedade a Israel logo depois do ataque ao país realizado pelo grupo extremista armado Hamas.

Enquanto isso, o candidato do governo, o ministro da Economia Sergio Massa, se solidarizou “com as vítimas do terrorismo” e afirmou que, se eleito presidente, incluirá o Hamas na lista de grupos terroristas da Argentina. Essa postura não surpreendeu, já que Milei tem reiterado seu apoio a Israel e aos Estados Unidos ao longo da campanha.

Durante o debate, Milei também apresentou um diagnóstico alarmante da situação social e econômica da Argentina, afirmando que o país está à beira de uma hiperinflação e com indicadores sociais piores do que na crise de 2001. Além disso, o candidato da extrema direita fez duras críticas a Massa e Bullrich, acusando o governo peronista de genocídio devido à alta mortalidade durante a pandemia da Covid-19 e chamando Bullrich de uma “montonera assassina” em referência ao grupo guerrilheiro Montoneros.

A segurança também foi um dos temas abordados no debate, sendo um pilar dos programas de governo dos candidatos da oposição. Milei negou que defenda a liberação da posse de armas, afirmando que a lei atual deve ser cumprida para impedir que criminosos estejam armados. Além disso, o candidato da Liberdade Avança negou estar de acordo com a venda de órgãos e afirmou que não nega as mudanças climáticas, mas é contra políticas que culpam os seres humanos pela deterioração do meio ambiente.

É importante mencionar que Milei tem amenizado suas propostas e posturas ao longo da campanha, buscando ampliar sua base de apoio. Por outro lado, Bullrich, ex-ministra da Segurança, se apresentou como a única conhecedora das medidas necessárias para reduzir a insegurança no país, criticando o kirchnerismo e as denúncias de corrupção que envolvem funcionários do governo.

Massa defendeu a necessidade de um governo de unidade nacional e ressaltou sua atuação na busca pela renúncia de funcionários envolvidos em escândalos de corrupção. O candidato peronista também acusou Milei de atacar as mulheres que pensam diferente, mas Bullrich afirmou que não precisa de defesa, pois as mulheres podem se defender muito bem sozinhas.

O debate foi marcado por confrontos acalorados entre os candidatos, mostrando a intensidade da disputa eleitoral na Argentina. Com o primeiro turno se aproximando, os candidatos se esforçam para conquistar o eleitorado e consolidar suas propostas.

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