Nunes iniciou o embate recordando o incidente em que Boulos foi levado para uma delegacia em 2017 após um confronto com a Polícia Militar e uma acusação de depredação na sede da Fiesp. O prefeito questionou a postura do adversário e ressaltou a importância das atitudes passadas na trajetória de um candidato.
Por sua vez, Boulos negou veementemente qualquer envolvimento em atos de depredação e fez uma provocação a Nunes, desafiando-o a abrir seu sigilo bancário, algo que o deputado do PSol garantiu estar disposto a fazer. Além disso, Boulos citou uma investigação envolvendo Nunes na máfia das creches, mesmo com a negação do prefeito.
Durante o debate, houve um momento de infração por parte de Nunes, que tentou ler um documento em seu celular, infringindo as regras estabelecidas que permitiam apenas a leitura de documentos impressos em papel. Boulos não perdeu a chance de fazer uma piada e comparar a situação a uma criança aprendendo a andar de bicicleta sem rodinhas.
Ao longo do embate, os dois candidatos trocaram acusações e pediram direito de resposta para expor suas narrativas. Boulos chegou a mencionar uma suposta ligação de Nunes com o PCC, enquanto o prefeito reiterou sua conduta ilibada e clean.
O confronto entre os dois postulantes à prefeitura de São Paulo foi intenso e recheado de momentos controversos, demonstrando a importância do debate político para esclarecer questões e posicionar os eleitores. A disputa entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos promete se acirrar ainda mais nos próximos dias, até a data das eleições, marcada para domingo. A última pesquisa Datafolha mostra uma vantagem de Nunes, com 49% das intenções de voto contra 35% de Boulos.