Um candidato a vaga no Tribunal Superior do Trabalho (TST) está envolto em uma polêmica após a divulgação de suas declarações polêmicas nas redes sociais. O advogado Adriano Avelino postou mensagens controversas no Twitter em 2016 e 2019, defendendo medidas extremas contra figuras políticas proeminentes e fazendo ameaças a manifestantes. O caso gerou um pedido à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Alagoas para que o candidato seja excluído da disputa ao TST.
As declarações incendiárias causaram grande repercussão. Em uma publicação de 17 de março de 2016, Avelino escreveu: “A punição para Dilma e Lula e seus apoiadores é a guilhotina!!! Mas antes tem que cortar a língua para pararem de latir”. Na ocasião, ele estava se referindo à posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, em meio à tentativa de evitar seu impeachment.
Três anos depois, o advogado voltou a se manifestar nas redes sociais, desta vez atacando manifestantes em um protesto de professores da rede estadual de Alagoas. Avelino declarou: “Vou pegar a caminhonete e passar por cima desses vagabundos comunistas que se dizem professores e estiverem interditando a [avenida] Fernandes Lima. Já que o governador não tem pulso pra isso, eu não tenho que atrasar as minhas obrigações por conta dessa manifestação fajuta”.
As publicações, que vieram à tona em 2023, geraram grande indignação e foram apresentadas à OAB em Alagoas, com o objetivo de excluir Avelino da lista sêxtupla de candidatos a ser enviada à OAB nacional. A seleção dos três nomes para a vaga no TST será feita pelo tribunal, tendo a palavra final do ex-presidente Lula.
A situação se torna ainda mais delicada pelo fato de Avelino contar como cliente o presidente da Câmara, Arthur Lira. Essa associação tem sido alvo de críticas e levanta questionamentos sobre a imparcialidade e independência do advogado para ocupar um cargo no TST.
O candidato, em resposta às polêmicas, admitiu que errou ao fazer tais publicações e lamentou o conteúdo das mesmas. Ele afirmou que não tem nada contra nenhum governo e garantiu que não repetirá esse tipo de comportamento. Avelino ressaltou sua experiência de 29 anos na advocacia e sua inclusão na lista tríplice do TST em 2010.
Aguardando a decisão da OAB sobre seu futuro na disputa pelo TST, o advogado enfrenta a pressão dos questionamentos sobre suas declarações passadas e sua atuação profissional frente a clientes influentes na política brasileira. O desenrolar dos próximos eventos definirá se Adriano Avelino terá a oportunidade de prosseguir com sua aspiração a uma cadeira no Tribunal Superior do Trabalho.