Jara, uma ex-ministra do governo de Gabriel Boric, tem se comprometido a liderar o Chile em tempos desafiadores, buscando uma saída para a crise econômica que persiste. Em sua declaração após os resultados, Jara enfatizou sua crença nas potencialidades do país, afirmando: “Chile é um país grande, e isso é algo que não podemos esquecer.” Seu discurso ressalta a necessidade de uma visão otimista e proativa em relação ao futuro da nação.
Em segundo lugar na corrida eleitoral ficou José Antonio Kast, fundador do Partido Republicano, que obteve cerca de 24% dos votos. O resultado indicou um acirrado duelo para definir o próximo presidente, um confronto que será decidido em um segundo turno agendado para 14 de dezembro. O atual presidente, Gabriel Boric, já reconheceu as forças emergentes no pleito e parabenizou ambos os candidatos, ressaltando a importância da escolha democrática neste momento crucial.
O terceiro lugar foi ocupado por Franco Parisi, do Partido da Gente, que recebeu aproximadamente 18% dos votos, seguido por Johannes Kaiser do Partido Nacional Libertário, e Evelyn Matthei da coalizão Chile Grande e Unido, com cerca de 14% e 13,5%, respectivamente. As campanhas foram marcadas por debates intensos sobre os rumos sociais e econômicos do Chile, refletindo as divisões e aspirações do eleitorado.
Esse pleito também foi significativo por ser o primeiro em que o voto foi obrigatório desde 2012, com mais de 15 milhões de eleitores convocados. Esse aspecto certamente contribuiu para uma mobilização massiva, com cerca de 8 milhões comparecendo às urnas. Essa realidade evidencia um desejo crescente da população de tomar parte ativa nas decisões políticas e moldar o futuro do país, destacando um retorno ao engajamento cívico que pode influenciar as dinâmicas eleitorais futuras no Chile.
