Os dados compilados mostram que o câncer de próstata foi responsável por mais mortes do que qualquer outro tipo de tumor na capital do país durante os primeiros 10 meses de 2024. A doença, muitas vezes, é silenciosa e pode se desenvolver de forma lenta, sem apresentar sintomas, o que dificulta a identificação precoce e o tratamento eficaz.
O urologista João Marcos Ibrahim, da Oncoclínicas Brasília, ressaltou a importância do rastreamento precoce, que inclui exames como o Antígeno Prostático Específico (PSA) e o toque retal. Segundo o especialista, a detecção precoce pode resultar em tratamentos curativos em até 90% dos casos, enquanto o diagnóstico tardio leva a quadros mais avançados e de difícil controle.
Um dos desafios enfrentados no combate ao câncer de próstata é o tabu que ainda envolve o exame de toque retal. Muitos homens resistem a fazer esse exame devido a preconceitos e estigmas associados à masculinidade, o que pode resultar em atrasos no diagnóstico e impactar a eficácia do tratamento.
Um caso inspirador é o de Gonçalo Ramos dos Santos, um motorista de 59 anos que foi diagnosticado com câncer de próstata após seu irmão mais velho ser diagnosticado com a mesma doença. Graças ao diagnóstico precoce, Gonçalo conseguiu realizar a cirurgia com sucesso e hoje está livre do tumor.
É fundamental que os homens estejam atentos aos fatores de risco, como histórico familiar, raça e obesidade, e busquem orientação médica a partir dos 50 anos. A conscientização e a quebra de tabus são essenciais para promover o diagnóstico precoce e reduzir a mortalidade associada ao câncer de próstata.
No que diz respeito ao tratamento, diversas terapias estão disponíveis, incluindo cirurgia, radioterapia e tratamento hormonal, que podem ser combinados de acordo com as necessidades de cada paciente. A prevenção e a detecção precoce continuam sendo as melhores armas na luta contra essa doença que afeta milhares de homens todos os anos.
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