Segundo levantamentos internos e da Quaest, a diferença entre Nunes e Boulos diminuiu, o que alimenta a esperança da equipe do psolista. A pesquisa espontânea realizada pela Quaest mostrou que 27% dos eleitores se declararam indecisos, o que é visto como uma oportunidade de conversão de votos a favor de Boulos até o dia da eleição.
A estratégia da campanha de Boulos para uma possível virada se baseia nas denúncias contra a gestão de Nunes, nas propagandas de rádio e TV, na caravana do candidato pela periferia da cidade e no desempenho esperado no debate da TV Globo. Ainda é lembrado que Nunes terminou o primeiro turno à frente de Boulos por uma diferença de 25 mil votos.
Por outro lado, dentro da própria campanha de Boulos já existe um grupo que busca possíveis culpados em caso de derrota. O marqueteiro Lula Guimarães é alvo de críticas, pois alguns aliados consideram que a postura mais moderada adotada por Boulos afastou eleitores menos ideológicos e não ajudou a reduzir sua alta rejeição na cidade.
Apesar das críticas, os mais próximos a Lula Guimarães afirmam que as decisões são tomadas de forma conjunta pela coordenação da campanha e que o trabalho do marqueteiro tem sido essencial nas propagandas televisivas. Por outro lado, há reclamações de que a equipe mais próxima de Boulos o teria blindado, tornando-o inacessível até mesmo para candidatos a vereador em busca de apoio.
Dessa forma, a reta final da campanha para a Prefeitura de São Paulo se torna ainda mais intensa, com a busca por uma possível virada por parte da equipe de Boulos e a divisão interna sobre os possíveis responsáveis em caso de derrota. O cenário político na capital paulista promete ser bastante acirrado até o dia da votação.