Campanha aérea de Trump no Iémen: fracasso e bilhões desperdiçados em confrontos com os houthis

Campanha Aérea dos EUA no Iémen: Um Fracasso e Elevados Custos

A mais recente investida militar dos Estados Unidos no Iémen, ordenada pelo então presidente Donald Trump, revelou-se um grande fiasco, resultando em perdas financeiras significativas e desfeitos estratégicos. Em março de 2025, os EUA iniciaram uma operação contra os houthis, grupo que vinha atacando navios comerciais associados aos interesses americanos em resposta à envolvimento dos EUA e aliados no conflito na Faixa de Gaza.

Trump, confiando em uma aparente superioridade militar, esperava resultados em um prazo de 30 dias. No entanto, essa expectativa não se materializou. A campanha militar, marcada por uma série de ataques aéreos, não conseguiu estabelecer a superioridade no espaço aéreo, e os houthis continuaram seus ataques a embarcações no Mar Vermelho.

Um impacto notável dessa campanha foi o elevado custo financeiro. Estima-se que, em apenas um mês, as operações consumiram cerca de um bilhão de dólares, quantia que equivale a aproximadamente R$ 5,6 bilhões. O uso intensivo de drones e sofisticados sistemas de armas, como os MQ-9 Reaper, levou à perda de várias aeronaves, complicando ainda mais a situação da Marinha dos EUA na região.

O cenário deteriorou-se ainda mais com a queda acidental de caças F/A-18 Super Hornet, avaliados em 67 milhões de dólares cada, no mar. Esses incidentes não apenas agravam a já tensa situação da campanha, mas também geram preocupações no Pentágono sobre a sustentabilidade de tais operações, especialmente em um momento em que os EUA se preparam para possíveis confrontos em outras frentes, como a possibilidade de um conflito com a China sobre Taiwan.

Diante do aumento da pressão e do fracasso em obter sucesso militar, uma saída mediada por Omã surgiu como uma alternativa viável. O acordo previa a suspensão dos ataques aos houthis em troca da promessa de que eles não atacariam mais os navios norte-americanos. Contudo, isso não solucionava a questão dos ataques a outros navios conectados a países aliados de Israel.

A análise da situação sugere que Trump subestimou a capacidade de resistência dos houthis, um erro que foi evidenciado após o desgaste financeiro e militar. Ao mesmo tempo, autoridades militares e analistas questionam se a estratégia adotada poderia ser a mais eficaz, dada a magnitude dos esforços envolvidos.

Com o avanço dos eventos, o futuro das operações no Iémen continua incerto, e as repercussões da campanha ministrada sob a liderança de Trump se farão sentir por muito tempo, tanto em termos financeiros quanto em questões de segurança regional. Os desafios que se desenham antecipam um cenário complicado e a necessidade de reflexão estratégica por parte dos líderes americanos.

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