O caminhoneiro Victor Gabriel Alves, de 34 anos, foi preso na última sexta-feira (18/10) por transportar o equivalente a R$ 50 milhões em cocaína na Rodovia Raposo Tavares, próximo à cidade de Ipaussu, no interior de São Paulo. Victor é pai de dois filhos, tem residência fixa, é réu primário e sua esposa possui emprego formal. Essas são informações que chamaram a atenção da juíza Alessandra Mendes Spalding, que inicialmente substituiu a prisão em flagrante por liberdade provisória.
Segundo o relato do próprio motorista, ele recebeu a quantia de R$ 15 mil para transportar 800 tijolos de cocaína, totalizando cerca de 900 kg da droga. A substância ilícita estava escondida em meio a uma carga de flocos de milho e polenta, que partiu de Londrina, no Paraná, com destino a Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo.
Victor começou a trabalhar como caminhoneiro aos 18 anos e possuía uma van financiada que utilizava para transportar produtos de e-commerce. Após vender o veículo e enfrentar dificuldades financeiras, ele aceitou a proposta de um conhecido, apelidado de “Barata”, para realizar o transporte da carga ilícita. Segundo o depoimento do caminhoneiro, essa foi a primeira vez que se envolveu com o tráfico de drogas.
Durante o transporte, ao avistar uma viatura policial, Victor decidiu parar em um posto de combustíveis, onde foi abordado e preso pelos policiais. Ele confessou o crime e revelou detalhes do esquema, destacando que nunca havia sido preso ou processado criminalmente antes.
Apesar da decisão inicial da juíza Alessandra Mendes Spalding de conceder a liberdade provisória ao acusado, um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a prisão preventiva de Victor Gabriel Alves. O magistrado alegou que a gravidade do delito e a quantidade expressiva de droga apreendida evidenciam o envolvimento do caminhoneiro com organizações criminosas, justificando a medida preventiva.
A defesa de Victor Gabriel Alves informou que está trabalhando na determinação de um posicionamento sobre o caso. A situação do caminhoneiro é delicada e envolve diversas questões complexas que agora estão sob análise da justiça paulista. O desfecho dessa história ainda é incerto e permanece em aberto para as próximas decisões judiciais.