Durante a audiência de custódia, o caminhoneiro negou qualquer motivação política, porém, os vídeos anexados ao processo e os testemunhos dos policiais envolvidos no caso indicam o contrário. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Saldanha teria admitido ter praticado um “ato terrorista” com o objetivo de atingir a base da PRF.
O juiz responsável pelo caso, Marcelo Gentil Monteiro, decidiu converter a prisão em flagrante em preventiva, justificando que a liberdade de Saldanha representava risco à ordem pública e poderia estimular a repetição de atos semelhantes. Além disso, foi determinado o início de um procedimento para avaliar a saúde mental do acusado.
O MPF autorizou o acesso imediato ao conteúdo dos celulares apreendidos com o caminhoneiro, com o objetivo de encontrar possíveis indícios de coautores ou cúmplices. A defesa de Saldanha solicitou a liberdade provisória, no entanto, o pedido foi negado devido à gravidade da ação e a violência utilizada na invasão do posto da PRF.
Saldanha foi transferido para um presídio em Guarulhos (SP), próximo à sua residência, para facilitar a assistência familiar. O caso segue sob investigação para identificar possíveis conexões do caminhoneiro com outros indivíduos ou grupos. A comunidade está preocupada com a segurança pública diante do cenário político atual e a ameaça de atos extremistas.