O dia começou com um café da manhã no Hotel Pestana, localizado na Avenida Atlântica, onde se encontraram patrocinadores, lideranças religiosas, sociais e culturais. Entre os presentes estavam notórias figuras como Fernanda Lemos Gonçalves, especialista em equidade racial, e o deputado federal, pastor Otoni de Paula, além de representantes de grandes empresas e instituições.
Os discursos proferidos durante a manhã tiveram como temática central a combatibilidade à intolerância religiosa e ao racismo, além da promoção de respeito mútuo. “Como cristão, acredito que o respeito ao próximo deve ser a base de nossa convivência”, declarou Otoni de Paula. O pastor Henrique Vieira fez ecoar a necessidade de enfrentar a violência religiosa e destacou que essa violência muitas vezes se origina em certas pregações.
Após o café, os participantes se dirigiram ao Posto 5, onde a caminhada teve seu ponto de concentração principal. Coordenada por organizações como o CEAP e o CCIR, a manifestação consolidou-se ao longo de 18 anos como um símbolo global na defesa da liberdade religiosa e no respeito às diferenças.
Ivanir dos Santos, professor e um dos coordenadores, enfatizou a importância da caminhada como um símbolo de respeito à diversidade e da necessidade de uma convivência pacífica. Ele afirmou que a presença ali era uma declaração de resistência contra a intolerância e uma afirmação de que o Brasil preza pela equidade e pela união.
A Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, única no mundo, reuniu representantes de variadas tradições religiosas, reforçando o compromisso com a defesa do Estado laico e multiplicando o engajamento em torno dessa causa, que já atraiu 1,8 milhão de pessoas nos últimos anos.
A apresentação do evento coube a Kenia Maria e Nando D’ Oxaguian, que conduziram o público através de uma série de falas, performances artísticas e manifestações culturais. Delegações de diversas cidades brasileiras e até internacionais, como a ONG sul-coreana HWPL, também se uniram à causa, evidenciando o alcance e o apoio que a Caminhada recebe em diferentes esferas.
Durante o percurso até o Lido, a orla teve um contexto vibrante e cultural, com performances que incluíam danças, cânticos e a exibição de diversos grupos, refletindo a rica tapeçaria de expressões de fé no Brasil.
A celebração culminou com o evento “Cantando a Gente se Entende”, que reuniu líderes religiosos e artistas, promovendo a harmonia entre as tradições. Patrocinado por empresas como o Grupo Carrefour e apoiado por diversas instituições, a Caminhada reafirmou sua mensagem primordial: a liberdade religiosa é um direito fundamental garantido pela Constituição e reconhecido globalmente. Assim, a Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa mais uma vez se destacou como um ato de fé e um tributo à pluralidade cultural que caracteriza o Brasil, promovendo a paz e o respeito mútuo entre todas as crenças.