A votação para a urgência do projeto ocorreu na terça-feira, em meio a uma semana conturbada e marcada por cenas de quase agressões físicas no Conselho de Ética. O texto elaborado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, prevê que um deputado suspenso cautelarmente pela Mesa Diretora pode ficar sem mandato e verba de gabinete durante esse período. Deputados demonstraram divergências em relação à proposta, levando a debates acalorados.
Segundo Lira, a intenção das mudanças no regimento interno é trazer mais controle e rigidez no trabalho dos parlamentares, especialmente nos casos mais graves. O Conselho de Ética manteria sua autonomia, porém, os processos teriam um prazo de até 15 dias para serem julgados, evitando possíveis demoras. Além disso, os presidentes das comissões teriam poderes semelhantes ao presidente da Câmara para restringir falas durante as sessões.
No entanto, a semana passada foi marcada por confusão no Conselho de Ética, onde deputados de diferentes campos ideológicos se envolveram em empurrões, xingamentos e ameaças após o arquivamento do processo de cassação do deputado André Janones. A situação escalou para confronto físico entre Janones e o deputado Nikolas Ferreira, resultando em novas provocações nas redes sociais.
Esses episódios refletem a polarização política e a tensão que tem dominado as discussões na Câmara dos Deputados. A proposta de mudança no regimento, se aprovada, poderá ser um passo importante para garantir maior responsabilidade e respeito entre os parlamentares, visando uma atuação mais ética e condizente com as exigências do cargo. As repercussões dessas decisões certamente continuarão a agitar o cenário político nacional.
