O corregedor federal, deputado Diego Coronel (PSD-BA), indicou a suspensão de 90 dias para o deputado Marcos Pollon (PL-MS), um dos principais protagonistas da obstrução. As sanções foram atribuídas não apenas pelas declarações difamatórias que Pollon fez contra a presidência da Câmara, representada por Hugo Motta (Republicanos-PB), mas também pela obstrução do trabalho do presidente. Além de Pollon, Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) receberam a recomendação de 30 dias de suspensão por condutas similares.
Essas ações seguem um quadro mais amplo de medidas disciplinares na Câmara, onde outros deputados, como Allan Garcês (PP-MA) e Bia Kicis (PL-DF), também foram alvo de censura escrita por atitudes consideradas incompatíveis com o decoro parlamentar. A censura, conforme define o Congresso Nacional, é uma penalidade aplicável a qualquer parlamentar que adote comportamentos que atentem contra os princípios da moralidade e ética na política.
O motim, que resultou em debates intensos e polarizados, foi desencadeado pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e gerou reações contundentes entre os membros da oposição. Desde a situação, o presidente da Câmara tem promovido a discussão de projetos polêmicos, como a chamada PEC da Blindagem e a urgência na votação do PL da anistia, o que potencialmente pode alterar o andamento de propostas significativas no legislativo.
Essas medidas da Câmara evidenciam a busca por um ambiente mais produtivo e respeitoso nas dinâmicas legislativas, alinhando a atuação dos deputados a princípios éticos e ao compromisso com a boa governança. No entanto, a polarização política continua a desafiar as ações da Mesa Diretora e a harmonia das discussões no plenário.