Câmara Municipal do Rio aprova nova legislação para o programa Minha Casa, Minha Vida, modernizando normas urbanísticas e incentivando habitação social em várias regiões da cidade.

Na última terça-feira, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou uma nova Lei Complementar que reformula as diretrizes urbanísticas relacionadas ao programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) na capital. Essa iniciativa, resultante de uma parceria com a Prefeitura, visa substituir uma legislação que estava em vigor há 16 anos e incorporar diretrizes do Plano Diretor de 2023. Com isso, um novo marco regulatório será criado, incentivando a expansão da habitação voltada para as classes sociais de menor renda. O projeto agora aguarda a sanção do prefeito Eduardo Paes e poderá entrar em vigor em até 15 dias úteis.

O secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Gustavo Guerrante, destacou que o objetivo da proposta é facilitar a construção de moradias que respeitem as características regionais da cidade, além de promover soluções mais sustentáveis e eficientes. “A proposta é estimular o crescimento da cidade em direção ao Centro e à Zona Norte, mas também observando as necessidades da Zona Oeste e da região Sudoeste”, afirmou Guerrante, enfatizando a importância da equidade entre as diferentes áreas do município.

Eduardo Paes ressaltou a necessidade de modernização das normas do MCMV, enfatizando que a nova legislação permitirá um melhor aproveitamento da infraestrutura já existente nas diversas regiões da cidade. “Essa atualização eleva a qualidade dos projetos habitacionais e cria condições reais para oferecer moradias sustentáveis que estejam harmonizadas com o planejamento urbano”, disse o prefeito.

Nos territórios considerados prioritários, como as Áreas de Planejamento 1 (Centro) e 3 (Zona Norte), a nova lei vai reforçar as iniciativas de revitalização, destacando a importância da localização em termos de acesso a transportes e serviços públicos. Em áreas como Barra da Tijuca e Recreio, a legislação introduz parâmetros específicos para a densidade e o aproveitamento dos terrenos, garantindo previsibilidade ao setor imobiliário.

Entre as principais mudanças, a Zona Oeste será beneficiada com a priorização de moradias de menor porte, como casas e vilas, em detrimento de grandes edificações. As contrapartidas exigidas agora serão direcionadas para melhorias nos próprios empreendimentos, enquanto regras mais claras para o ordenamento urbano serão estabelecidas. O presidente da Câmara, Carlo Caiado, coautor da proposta, ressaltou que a lógica de contrapartidas financeiras será progressiva e atenta às faixas de renda atendidas, visando desburocratizar e estimular a habitação social em regiões onde já há infraestrutura adequada.

Além disso, o licenciamento de novos empreendimentos será agilizado por meio do Licenciamento Integrado, que permitirá análises automáticas para projetos em lotes de até 40 mil metros quadrados. A busca por soluções sustáveis também é um ponto focal desta reforma, liberando alternativas de esgotamento sanitário que se ajustem à realidade local.

Com essa nova legislação, o Rio de Janeiro se posiciona de forma mais moderna e eficaz frente à demanda habitacional, buscando atender de maneira mais assertiva as necessidades das populações de baixa renda. Esta é uma mudança que promete transformar a paisagem urbana e as condições de vida em diversas áreas da capital fluminense.

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