De acordo com o relator do orçamento, Sidney Cruz (MDB), o aumento no valor do orçamento se deu devido a operações de crédito aprovadas e a melhorias nas previsões de arrecadação. Os setores que receberão os maiores valores são a Secretaria de Educação, com R$ 23 bilhões, seguida pela Saúde, com R$ 21 bilhões, e Mobilidade e Trânsito, com R$ 11 bilhões. Vale ressaltar que os recursos destinados à pasta da Mobilidade incluem a manutenção da tarifa zero dos ônibus aos domingos.
O prefeito Ricardo Nunes já sinalizou um possível aumento na passagem de ônibus para o ano de 2025, após quatro anos sem reajuste. O valor do aumento ainda será definido, mas a prefeitura reservou R$ 6,2 bilhões no orçamento para subsidiar a tarifa. Além disso, a peça orçamentária também prevê as indicações por secretaria das emendas parlamentares. Cada vereador poderá indicar até R$ 5 milhões em emendas, o mesmo valor do ano anterior.
Durante as discussões na Câmara, a questão das emendas parlamentares foi alvo de polêmica, principalmente devido a emendas indicadas por vereadoras do PSol, relacionadas a pautas raciais, LGBTIA+ e de religiões afrobrasileiras. A bancada evangélica ameaçou travar a votação do orçamento, porém, a relatoria do projeto conseguiu resolver a situação.
A votação do orçamento para 2025 marcou a despedida de Milton Leite (União Brasil) da presidência da Câmara Municipal de São Paulo, após quatro anos consecutivos no cargo. A partir de agora, a Câmara entra em recesso e a posse dos vereadores, assim como a eleição da Mesa Diretora, acontecerão no dia 1º de janeiro. O ano legislativo terá início no primeiro dia útil de fevereiro, com a primeira sessão marcada para o dia 4.