Câmara dos Representantes aprova megaprojeto orçamentário de Trump, que prevê cortes fiscais e aumento de gastos em defesa, gerando controvérsia e críticas.

O ambicioso projeto orçamentário proposto pelo ex-presidente Donald Trump recebeu a aprovação da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, avançando agora para a sanção presidencial. A votação ocorreu nesta quinta-feira, 3 de julho, e resultou em 218 votos a favor, comparados a 214 contra. Curiosamente, dois membros do Partido Republicano, a sigla a que Trump pertence, optaram por votar contra a proposta.

Denominado de “One Big Beautiful Bill” — que em tradução livre significa “Um Grande e Belo Projeto” — o pacote orçamentário apresenta uma série de reformas que visam cortes de impostos para os cidadãos, além de redução de recursos destinados a programas sociais. Em contrapartida, a proposta aumenta os investimentos em áreas como segurança nacional e controle nas fronteiras.

O processo de votação não ocorreu sem controvérsias. Um discurso proferido pelo deputado democrata Hakeem Jeffries, que se estendeu por quase oito horas, adiou a análise da proposta, revelando a intensa oposição que a iniciativa enfrenta. As discussões na Câmara foram acaloradas, refletindo um clima de polarização política.

As críticas não vieram apenas do lado da oposição, mas também de ex-aliados de Trump. O bilionário Elon Musk, fundador das empresas Tesla e SpaceX, caracterizou o projeto como uma “abominação repugnante”, indo além ao acusar o presidente de conduzir a nação a um caminho de falência. Essa discordância pública entre Musk e Trump levanta questões sobre a viabilidade e a aceitação do pacote entre aqueles que anteriormente apoiavam o ex-presidente.

Segundo estimativas do Orçamento do Congresso dos EUA, a dívida pública nacional deve aumentar em impressionantes US$ 3,3 trilhões em decorrência das medidas propostas. Essa elevação da dívida levanta preocupações sobre as implicações econômicas, destacando o dilema enfrentado por legisladores ao buscar um equilíbrio entre a redução de impostos e o aumento nos gastos públicos. O futuro do projeto agora está em mãos do presidente, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo, definindo assim um novo capítulo nas políticas orçamentárias do país.

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