Câmara dos EUA Aprova Proposta Que Proíbe Entrada de Alexandre de Moraes Por Violação da Liberdade de Expressão



Na última quarta-feira, o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos avançou com um polêmico projeto de lei que visa proibir a entrada no país de autoridades estrangeiras acusadas de violar a liberdade de expressão. Este projeto é direcionado particularmente ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, Alexandre de Moraes, que nos últimos meses tem sido alvo de críticas por sua atuação na limitação de plataformas de mídia social em solo brasileiro.

A iniciativa legislativa foi impulsionada por recentes decisões de Moraes, que ordenou o bloqueio de redes sociais, como Rumble e X, no Brasil, em razão de descumprimento de ordens judiciais. Durante a sessão de votação, foram apresentados vídeos de indivíduos que, segundo alegações, estão sendo perseguidos no Brasil, tendo sido investigados por suas ações relacionadas aos eventos de 8 de janeiro de 2023, que tentaram desestabilizar o governo. Estas pessoas afirmam estar sob censura e sofrerem consequências negativas em decorrência de sua oposição ao sistema.

A proposta, se aprovada no plenário da Câmara, não apenas barraria a entrada de Moraes nos Estados Unidos, mas também poderia possibilitar sua deportação. Os parlamentares que apoiam a medida argumentam que ações do STF brasileiro, sob a liderança de Moraes, representam uma ameaça à liberdade de expressão não apenas no Brasil, mas também ao discurso democrático nos Estados Unidos. A situação levou os legisladores a citarem medidas semelhantes adotadas pela União Europeia, que, em sua visão, também têm contribuído para a censura ao discurso público.

Ainda que a decisão sobre o projeto esteja em andamento, informações de fontes próximas a Moraes destacam que ele não costuma viajar aos Estados Unidos, e que, mesmo se a proposta se tornar lei, isso não deve afetar seus planos futuros. A última visita do ministro ao país ocorreu em novembro de 2022. Moraes, que tem se colocado à frente de questões relacionadas à liberdade de expressão no Brasil, recentemente bloqueou o Rumble devido a sua suposta criação de um ambiente de “terra sem lei” nas redes sociais.

O desdobramento desta situação reflete o crescente embate entre as legislações de diferentes países sobre a liberdade de expressão e a atuação de plataformas digitais, evidenciando um tensionamento nas relações internacionais.

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