Câmara dos Deputados Suspende Resolução do Ministério da Justiça sobre Liberdade Religiosa em Presídios e Defesa da Assistência Socioespiritual



A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados recentemente aprovou o Projeto de Decreto Legislativo 229/24, proposto pelo deputado Eli Borges, do PL de Tocantins. Essa iniciativa visa suspender uma resolução do Ministério da Justiça que regulamenta a assistência socioespiritual e a liberdade religiosa em estabelecimentos prisionais.

A Resolução 34/24, que está sendo contestada, teve como principais objetivos garantir que diferentes grupos religiosos possam atuar no sistema carcerário em condições de igualdade, ao mesmo tempo em que proíbe o proselitismo religioso. Essa proibição se refere a quaisquer ações destinadas a persuadir detentos a adotarem uma determinada fé. Além disso, a resolução estipula que servidores públicos e outros profissionais não podem atuar como voluntários religiosos nas mesmas unidades prisionais onde exercem suas funções.

O deputado Allan Garcês, relator do projeto, argumenta que a restrição à atuação de servidores religiosos em presídios fere o direito à liberdade religiosa, afirmando que tal norma é uma violação da Constituição Federal. Garcês também enfatizou a importância da aprovação do projeto para garantir a liberdade individual de crença e evitar a discriminação religiosa. Em sua justificativa, ele destacou que a revogação da resolução representa um passo crucial em direção à promoção do respeito às diversas manifestações de fé.

Após sua aprovação pela Comissão de Segurança Pública, o projeto seguirá para a análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser encaminhado ao Plenário da Câmara. A proposta precisa ser aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal para que as mudanças sejam efetivadas.

Com essa movimentação política, a discussão sobre a convivência de diferentes expressões religiosas nas prisões brasileiras assume uma nova dimensão, refletindo um debate mais amplo sobre a liberdade religiosa e os direitos dos indivíduos em circunstâncias de privação de liberdade. As próximas fases de votação e a posição das diferentes bancadas na Câmara e no Senado poderão definir o futuro desse importante tema.

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