CAMARA DOS DEPUTADOS –

Servidores do Judiciário Recebem Reajuste Salarial de 8% a Partir de Julho de 2026, Com Vetos Presidenciais a Parcelas Futuras

Em um recente desdobramento que impactará os trabalhadores do Poder Judiciário, foi anunciada a aprovação de um reajuste salarial de 8% a ser implementado a partir de 1º de julho de 2026. A decisão foi formalizada com a publicação da sanção parcial da Lei 15293/25 no Diário Oficial da União, em 22 de dezembro. Embora a novidade traga alívio financeiro para os servidores, é importante ressaltar que as propostas de aumento salarial para os anos de 2027 e 2028 foram vetadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na justificativa para o veto, o governo argumentou que os reajustes subsequentes contrariam a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece diretrizes para a gestão das contas públicas. O Palácio do Planalto destacou que a aprovação dessas parcelas resultaria em um aumento das despesas com pessoal que se estenderia além do término do atual mandato presidencial, o que é considerado inaceitável pela legislação vigente.

A nova norma, que teve origem no Projeto de Lei 4750/25, foi concebida pelo Supremo Tribunal Federal. O texto original havia sido elaborado com o intuito de corrigir perdas inflacionárias acumuladas desde 2019, totalizando um reajuste de 25,97% através de três parcelas. Contudo, o governo vetou as duas últimas parcelas, limitando efetivamente o incremento salarial aos servidores judiciais.

Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desde fevereiro de 2019, a perda de poder aquisitivo dos servidores do Judiciário atingiu 24,21% até julho de 2025, mesmo após os reajustes concedidos entre 2023 e 2025. Essa informação evidencia a crítica situação financeira enfrentada por esses trabalhadores, que buscam uma compensação justa diante dos crescentes índices de inflação que impactam o custo de vida.

O Congresso Nacional agora terá a responsabilidade de analisar os vetos presidenciais em uma data ainda a ser definida, o que poderá alterar a dinâmica do debate em torno das remunerações dos servidores. Nesse contexto, a tramitação e a possível derrubada dos vetos se tornam questões relevantes para os próximos passos na busca por uma recuperação salarial mais abrangente para os funcionários do Judiciário. Essa situação destaca a tensão entre a necessidade de aferir direitos trabalhistas e a responsabilidade fiscal necessária para a gestão das contas públicas.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo