CAMARA DOS DEPUTADOS – Senado vota medida que transforma Autoridade de Proteção de Dados em agência reguladora com 200 novos cargos e autonomia ampliada.

Na próxima quarta-feira, dia 17 de dezembro, uma medida provisória que busca transformar a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) em uma autarquia com mais autonomia será apreciada pela comissão mista encarregada de sua análise inicial no Senado Federal. Os trabalhos terão início às 13 horas, no plenário 2 da ala Nilo Coelho.

O relator da Proposta de Medida Provisória nº 1317/25, o senador Alessandro Vieira, do MDB de Sergipe, apresentou nesta terça-feira um relatório favorável à sua aprovação. Este relatório inclui ajustes redacionais e propõe a transformação da MP em um projeto de lei de conversão. Em sua análise, Vieira rejeitou 40 emendas apresentadas por outros parlamentares, buscando viabilizar uma tramitação mais ágil da matéria.

A proposta de mudança, se aprovada, proporcionará à ANPD uma autonomia substancial, almejando consolidá-la como a principal entidade reguladora da proteção de dados no país. A medida prevê a criação de 200 cargos destinados a especialistas em regulação de proteção de dados, além de 18 funções comissionadas e de confiança, utilizando sobretudo cargos efetivos que já estão vagos, o que não deverá acarretar um aumento significativo nas despesas públicas. Além desses, outros 26 cargos em comissão são também previstos na nova estrutura da agência.

Ao justificar a necessidade da criação dos novos cargos, o governo federal argumenta que a ANPD, diante das amplas atribuições que já desempenha, conta com uma estrutura reduzida, o que limita sua capacidade de atuação eficaz. Entre as responsabilidades da agência está a aplicação do Estatuto Digital da Criança e do Adolescente, legislação que visa proteger os jovens no ambiente digital.

No seu relatório, Vieira destacou que a criação de uma entidade robusta, com capacidade para regular um setor tão relevante, atende às necessidades do país e proporciona à ANPD a estrutura necessária para o cumprimento de suas funções. A nova agência terá ainda a missão de editar normas regulamentares que garantam a implementação dos dispositivos legais e de fiscalizar suas obrigações, além de ser responsável pela aplicação de sanções em casos de descumprimento das normativas.

A expectativa é que a discussão de amanhã contribua significativamente para o aperfeiçoamento da legislação que rege a proteção de dados no Brasil, um tema de crescente relevância em uma sociedade cada vez mais digitalizada.

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