O diretor do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário de São Paulo (Sindcop), Eduardo Blasques Martins, ressaltou a importância de leis feitas por pessoas que compreendam o funcionamento do sistema penitenciário. Com 31 anos de experiência como policial penal, ele mencionou o crescimento de penitenciárias em São Paulo, que hoje abriga mais de 220 mil presos.
O presidente nacional da Associação dos Policiais Penais do Brasil, Ferdinando Gregório, enfatizou as consequências da falta de condições de segurança, apontando altos índices de afastamento e invalidez permanente por problemas psicológicos entre os policiais penais. Ele defendeu o fim da disparidade salarial entre os estados e a importância da categoria na custódia e execução de penas, atuando como uma peça fundamental na segurança pública.
A deputada Erika Kokay (PT-DF), que presidiu a audiência, destacou a necessidade de discutir as funções e a integração dos policiais penais com as demais polícias, ressaltando a importância de uma lei geral para regulamentar a atividade desses profissionais. Ela anunciou que, com o apoio das entidades em todo o país, pretende apresentar a minuta da proposta no início de novembro.
A criação da Lei Geral dos Policiais Penais é vista como um marco na estruturação das atividades de segurança pública, sendo um tema de grande relevância e interesse para a categoria. Os profissionais esperam que a proposta seja amplamente debatida e ganhe o apoio de um número significativo de parlamentares, fortalecendo sua tramitação na Câmara dos Deputados.