CAMARA DOS DEPUTADOS – Protagonismo Feminino e Indígena ganha Destaque em Seminário Pré-COP 30 com Enfoque na Justiça Climática e Sustentabilidade.

No dia 5 de agosto de 2025, ocorreu um importante seminário na Câmara dos Deputados, onde três comissões – Meio Ambiente, Mulheres e Amazônia e Povos Originários – se reuniram para discutir ações que assegurem a participação ativa de mulheres, comunidades tradicionais e da sociedade civil na COP 30, Conferência da ONU sobre Mudança Climática. Este evento, marcado para novembro em Belém, Pará, tem como foco a busca por justiça climática, especialmente para aqueles que são as principais vítimas dos impactos das mudanças no clima.

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, ressaltou que a COP 30 incluirá um “dia do gênero”, que terá como destaque as vozes e lideranças femininas. Lopes mencionou que está em desenvolvimento um protocolo voltado à proteção das mulheres frente às emergências climáticas, que levará em consideração questões de gênero, raça e território. Ela destacou a mobilização em torno da 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, que busca consolidar diretrizes para eventos em nível estadual e municipal.

A deputada Dandara, presidente da Comissão da Amazônia e Povos Originários, complementou a importância da participação popular. Segundo Dandara, a COP não se restringirá a um mero encontro diplomático, mas sim a um compromisso com as vidas que sustentam o bioma amazônico, defendendo a necessidade de preservar a sociobiodiversidade e o planeta como um todo.

No mesmo contexto, a 4ª Marcha das Mulheres Indígenas, que acontece em Brasília e reúne cerca de 7 mil lideranças, reforça a importância dos conhecimentos tradicionais na mitigação das crises climáticas. A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, enfaticamente sustentou que a demarcação de terras indígenas é uma estratégia eficaz para enfrentar as mudanças climáticas, destacando que essas terras agem como um sumidouro de carbono.

Além disso, Guajajara propôs a destinação de recursos financeiros para a gestão territorial e a produção indigenista sustentável, visando a proteção e o desenvolvimento das comunidades. A Cúpula dos Povos, um evento paralelo à COP 30, também ganhou destaque, com representantes do Ministério do Meio Ambiente se comprometendo a garantir a ampla participação da sociedade nas discussões.

Ana Toni, diretora executiva da COP 30, enfatizou que o Brasil valoriza as contribuições das mulheres e dos povos tradicionais nas metas climáticas, reconhecendo o papel dessas populações não apenas como vítimas, mas como protagonistas na luta por soluções às crises climáticas.

Por fim, a deputada Célia Xakriabá, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres, está mobilizada para aprovar um Projeto de Lei que enfoque os impactos da crise climática sobre mulheres e meninas no Brasil, além de uma campanha que destaca o protagonismo feminino. O objetivo é levar a mensagem “Sem mulher não tem clima” a 150 países na COP 30.

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