As “toucas inglesas” são feitas de silicone e possuem a capacidade de resfriar o couro cabeludo, promovendo a contração dos vasos sanguíneos e criando uma espécie de capa protetora que preserva os folículos capilares. Dessa forma, o uso desse sistema pode ajudar a evitar a perda de cabelos causada pela quimioterapia, um dos efeitos colaterais mais temidos pelas mulheres em tratamento contra o câncer.
De acordo com a deputada Denise Pessôa, a preservação dos cabelos pode ter um impacto significativo no equilíbrio emocional das pacientes, que já se encontram fragilizadas devido ao tratamento. A perda de cabelos afeta diretamente a autoestima dessas mulheres, e o uso das toucas pode ajudar a minimizar esse impacto negativo.
O sistema das “toucas inglesas” foi criado pela empresa Paxman, no Reino Unido, e já possui a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, essa tecnologia já é utilizada em centros privados de tratamento oncológico. Segundo o fabricante, o produto tem uma eficácia que varia de 50% a 92% na preservação do cabelo.
O projeto de lei ainda precisa passar por algumas etapas de tramitação na Câmara dos Deputados. Ele será analisado pelas comissões de Saúde; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aprovado nessas comissões, o projeto poderá ser votado e se tornar uma lei.
É importante ressaltar que a iniciativa da deputada Denise Pessôa busca garantir um tratamento mais humano e acolhedor para as pacientes oncológicas, que já enfrentam tantas dificuldades durante o processo de combate ao câncer. A preservação dos cabelos pode ter um impacto significativo em seu bem-estar emocional e contribuir para uma maior qualidade de vida durante o tratamento.