Uma das críticas apontadas ao arcabouço legal anterior era a falta de detalhes sobre a nomenclatura dos cargos e a quantidade de profissionais que poderiam ser contratados através de concursos públicos. O novo projeto, apresentado pelo governo federal, busca preencher essa lacuna fundamental, permitindo que a universidade inicie o processo de seleção para os cargos técnico-administrativos essenciais à sua operação.
Entre as principais mudanças propostas, destacam-se a inclusão de 477 vagas para o cargo de assistente em administração e 37 para o cargo de técnico de tecnologia da informação, além de outras categorias pertinentes ao funcionamento da instituição. Essa especificação é considerada crucial, pois, sem ela, a Ufape estaria limitada diante da impossibilidade de promover concursos públicos, prejudicando a estrutura administrativa necessária para garantir a qualidade no atendimento e na gestão educacional.
O trâmite do Projeto de Lei 964/24 avança para suas próximas etapas, onde será analisado em caráter conclusivo nas comissões de Educação, Finanças e Tributação, e também na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para que a proposta se transforme em lei, é imprescindível que seja aprovada tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado Federal.
A discussão em torno desse projeto não apenas demonstra o comprometimento do governo com a estruturação adequada da UFAPE, mas também ressalta a importância das universidades federais na promoção da educação superior e na formação de profissionais qualificados que atendam às necessidades da sociedade. O desfecho das deliberações sobre essa legislação será um fator determinante para o futuro da Ufape e para o fortalecimento do ensino superior na região do Agreste pernambucano.