Durante a audiência realizada pela Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, a deputada Erika Kokay (PT-DF) abordou a importância dos vínculos afetivos estabelecidos nesse modelo de acolhimento familiar, ressaltando que os mesmos são essenciais para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes. Segundo a parlamentar, é fundamental que esses indivíduos se sintam sujeitos de direitos e tenham a oportunidade de potencializar suas diversas formas de inteligência e expressão.
Atualmente, no Brasil, apenas 7% das mais de 30 mil crianças e adolescentes acolhidos estão em famílias acolhedoras, sendo que a maioria, 93%, permanece em abrigos institucionais. Contudo, o relato emocionante de participantes do programa, como o de José Carlos Carapina, evidencia o impacto positivo que o acolhimento familiar pode ter na vida desses jovens em situação de vulnerabilidade.
Além disso, a coordenadora do serviço em Sapopema, Helida Santin, destacou as inúmeras vantagens do acolhimento familiar em relação ao institucional, ressaltando que o mesmo tem um custo menor e proporciona uma atenção mais individualizada, afetuosa e carinhosa para as crianças e adolescentes acolhidos.
A conselheira do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Débora Vigevani, compartilhou a importância da divulgação do serviço para mobilizar mais famílias acolhedoras, citando estratégias como anúncios em ônibus, jornais distribuídos em transportes coletivos e mensagens via aplicativos de celular.
Em suma, o programa Família Acolhedora, vinculado ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS), revela-se como uma alternativa eficaz e afetuosa para o acolhimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, contribuindo para o seu bem-estar e desenvolvimento integral.
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